sábado, 17 de novembro de 2007

Entrevista a MitchManu (Seleccionador Nacional)


MR - Após um período sem entrevistas, o blog dos Mastursos volta com a personalidade nacional “hattrickiana” do momento, ele é o novo seleccionador nacional, MitchManu.
Boa noite Mitchmanu, é uma grande honra para mim poder ter esta conversa contigo, para começar podes começar por nos contar quem é afinal o novo seleccionador nacional

MitchManu – O novo seleccionador é um pobre coitado, como sabes, que nem se candidatou ao cargo mas que já jogando HT há quase 6 anos sabia que se lhe fosse confiada a tarefa não havia razão para a recusar. Fora isto sou uma pessoa normalíssima, 31 anos, gestor. Sou daqueles que trabalha com um computador à frente por isso estar ligado no HT é quase sempre uma verdade enquanto se trabalha.
MR – Com quase 6 anos de HT (valente!) consegues atingir um patamar do HT nacional muito elevado, achas que esta eleição é como um prémio por toda a tua dedicação ao jogo?
MM – Nunca o vi assim e considero que quem votou em mim não pensou nisso. Sou dedicado ao jogo, claro, mas sem fazer disto uma vida pois é o único modo de aguentar tanto tempo. São poucos os que podem falar que estão há mais ou menos o mesmo tempo que eu mas todos têm esta abordagem ao jogo.
MR – Apesar de seres o seleccionador nacional, ficaste mais uma vez em 2º lugar atrás do npires, que desta vez recusou o cargo, esta vitória acabou por ter um sabor diferente por isto?MM – A vitória foi uma surpresa, acima de tudo. Muito sinceramente nem sei a que soube. Mas o npires tinha recusado ir a votos cedíssimo (e repara os votos que ele já tinha na altura) portanto sabia-se desde logo que a eleição iria ser para outros. Daí ganhar, entre os que não recusaram, é sempre ganhar. Nesse aspecto é igual. No ser uma surpresa é que foi diferente.
MR – Estas eleições foram um pouco estranhas e terminaram de uma forma ainda mais inesperada. Tu, sem te teres candidatado, conseguiste uma vitória, estavas à espera?
MM – Como já tinha dito anteriormente, não. Sabia que podia ganhar, claramente. Os candidatos não foram do agrado geral, conforme se via pois para alguém nem ser candidato e aparecer na lista é quase como um voto de protesto em relação aos candidatos oficiais, e só por isso poderia ganhar. Mas não estava à espera foi mais numa de “deixa andar”.
MR – Penso que uma das razões pela qual foram poucas as candidaturas apresentadas para desempenhar o cargo de seleccionador nacional foi o facto de Portugal ser o detentor do titulo de campeões do mundo tendo agora uma imagem a defender, estás preparado para este grande desafio?
MM – É bom que esteja. Tenho falado com os seleccionadores anteriores que me têm dado todo o apoio, discutindo as opções mais arriscadas que tomo, etc. Tenho as minhas ideias e eles as suas, mas espero que no geral os resultados sejam pelo menos parecidos!
MR – Em relação à tua equipa, Lokomotiv da Foz, com 6 anos de existência andou sempre a saltar da II para a III sem nunca ter atingido o topo da pirâmide, a SuperLiga. O que falta a esta equipa para conseguir chegar à mais tão desejada SuperLiga?
MM – Trilhei o caminho mais difícil e dele não abdiquei. O meio campo ainda é o que manda mais no HT e então há algumas épocas atrás era mais que evidente. Treinei defesas desde o 1º dia que jogo (nas últimas 3 épocas oscilei entre bolas paradas e finalização, o meu treino actual) enquanto que todos os outros que subiam viviam às custas do meio campo. Ainda por cima defesas não se vendiam muito bem no mercado. Mas acho que andar por exemplo, 11 épocas seguidas na II.1 tem que se lhe diga, principalmente com o treino que sempre tive. Esta é a minha 3ª época na 3ª divisão, tive mais uma passagem de 1 época por uma 3ª, além de 2 épocas iniciais, em que comecei também na 3ª. Tudo o resto foi na 2ª, diria que mais de 2/3 do tempo estive na 2ª. O que falta para estar na Superliga? Acho que tirando alguns users clássicos, quem está na Superliga tem que abdicar de ter uma equipa de longo prazo e concentrar esforços para tentar a subida e manutenção em 2/3 épocas. São épocas muito exigentes, exigem estar sempre a alterar a equipa, talvez trading, etc, daí uma pessoa acabar por se cansar e até se fartar do jogo (e acabar por abandonar). Raramente são os que ficam lá em cima. Se eu te pudesse contar os gajos que já vi passarem por mim para cima e depois para baixo… enfim.
MR – A época começou com uma vitória bastante suada por 3-2, podemos esperar um Lokomotiv na SuperLiga na próxima época? (Não liguem era do sono =z)
MM – Vai ser complicado, visto que teria que passar pela 2ª divisão antes. Esta época penso fazer um “campeonato tranquilo”, quero andar fora da zona de playoff. Para a próxima época vou atacar a subida.
MR – Com 6 anos de vida, pressuponho que o Lokomotiv da Foz já tenha tido muitas vitórias com um sabor especial e algumas derrotas com um sabor amargo. Queres relatar alguma destas situações?
MM – Derrotas de sabor amargo é qualquer uma com o Makukula. O gajo não percebe um cú do jogo e não merece o ar que respira. Qualquer vitória é boa, mas ressalvo qualquer uma em que tenha ganho um playoff. O 1º que disputei contra uma equipa chamada Tirsense que me deu o 1º acesso à II.1 foi inesquecível, claro (isto ainda em 2002 penso eu)! Depois outra para evitar uma descida contra o Fractius em que ganhei 5-2 com um hattrick do meu bolas paradas. Lindo!
MR – Passando agora para uma parte mais genérica do jogo, o HT tem sido alvo de muitas alterações que têm deixado muitos utilizadores irritados, também partilhas da opinião que estas alterações são prejudiciais para o jogo?
MM – Em demasia são, mas quem entra pela 1ª vez vê a realidade como é e não se queixa. Nós teremos que nos adaptar ao novo motor de jogo mas quem entra já tem o novo motor de jogo e novo treino como um dado e penso que não lhe fará confusão alguma. O importante é que mudando ou não acabamos sempre por nos adaptar!
MR – O mercado está cada vez mais inflacionado, é um facto. Na tua opinião o que contribui para que isto acontecesse?
MM – As equipas têm mais dinheiro. Na época passada consegui, pela 1ª vez em para aí 10 épocas fazer o ano inteiro sem vender jogadores e a manter o dinheiro no 0. Passei sufocos financeiros fortes nas épocas anteriores, ameaças de falência eram mato, etc, mas para ter uma equipa de topo e não fazer trading, tinha que ser. Voltando ao início, as equipas tendo mais dinheiro, os treinos sendo mais longos, os jogadores de certo nível começam a ser mais raros, é óbvio que os preços tendem a subir.
MR – Para terminar, queres deixar algum apelo a nós portugueses que compomos a comunidade portuguesa de HT?
MM – Tenham paciência comigo que de selecções ainda sei muito pouco. Podem contar como é óbvio com o meu total empenho junto da selecção, farei o melhor que sei. Também não sei assim tão pouco e se 250 e tal pessoas votaram em mim é porque acreditaram! Não quero desiludir esses, pelo menos.
MR – Muito obrigado Mitchmanu, foi um prazer ter-te aqui no blog dos Mastursos. Terminamos desejando as maiores felicidade para ti e para os teus e esperando que faças um bom trabalho na selecção e eu não tenho dúvidas que o farás ;)
MM – Obrigado, espero fazer, claro! Boa sorte para ti e para o blog!

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